segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Saber?Bastar?Querer?Produzir?

Sabia que tinha o que fazer.
Como, onde, porque.
Sabia o que devia sentir?
O que devia querer?
Bastava saber?
Bastava querer?
Tinha atitudes pra tomar,
Caminhos pra seguir,
Escolhas pra fazer.
E fez? Concordou?Discordou?Assentiu?
Personificou ato?Fato?Contraponto?
Sendo tese e antítese, quando serei síntese?
Um dia foi o fim, para ressurgir.
Um dia foi começo, para produzir.
E vive sendo meio .
Compondo uma trilha,
Sentindo, sorvendo
Experimentando a si
Permitindo a experimentação de outros
Alheios, indefinidos, inscritos, circunscritos.

sábado, 18 de setembro de 2010

Sentidos.

Compelida, articulada, não que desejasse
Sem escolhas ou julgamento
Indiferente, subjetiva
Hedonismo? Masoquismo? Nem ela sabe.
O doce veneno que mata, e que ela deseja sorver um pouco mais.
O toque, o suspiro, os olhares
A sinestesia na saborosa dor
Permitir-se jogar, acender as velas.
Entregar-se sem arrependimento
Cálido, como água fria
Frio como chama ardente
Riscos e rabiscos, vários acordes em uma nota só
A síntese de todas as misturas sensoriais invisíveis ao olhar
Ainda sim, dissabor, insipidez
Êxtase incontido, indevido e fulgás
O poder, a busca e a entrega
O querer, sempre mais e mais.

sábado, 11 de setembro de 2010

Aleátoriedade

Sentir-se preso. Querer-se solto.
Estar em momento, queimando e gostando de estar machucado.
Amar a mentira, desprezar o novo.
Estar tranqüilo e dar seqüência, ser feliz, ou  levar como der.
Mandar o resto do mundo se explodir.
Bastar-se, há de resolver.
Vir e voltar, nada perder, nada deixar, e levar nada também.
Sombra, silencio, noite, clara como o raiar do meu dia.