terça-feira, 23 de novembro de 2010

Questions?

Como ver seus dogmas abalados e ter paz?
Como sentir o chão sumir de seus pés e manter a calma?
Como responder os questionamentos de uma vida em um olhar?
Como sacar os sentimentos revoltos presentes em mim?
Tanto para falar que falta voz, que cala a fala.
Tantos significados para a inquisição.
Tanta incerteza para amedrontar.
Quanta coisa que é, que enxergo outra coisa.
E o que enxergo, que o  significado outro.
Todos os meus demônios aglutinam-se a minha volta
E a ciranda roda, volta e meia gira.
De tanto pensar, a contração das pálpebras faz lacrimejar
Falando sem medida, omitindo os desacertos
Numa dicotomia simbólica entre ir ou ficar.
Duvido até de mim. Me resignifico. Me insignifico.
Me perco sem nunca ter me encontrado.
Paradigma. Paradoxo.Precedente.Poesia.

domingo, 21 de novembro de 2010

A voga.

Tempos estranhos esses.
Difíceis, mas incansáveis.
Tempos de acasos, descasos ou meandros?
O liame indelével vem se desenrolando e trazendo a novidade consigo.
Tempo de confusão, de não saber.
Caos diário, numa perfeita confusão que flui mais e mais.
Que dá medo.
Aproximação furtiva, ou não. Pé na porta e tapa na cara.
Não, tapas internos, buracos no estômago, olhos profundos e pedintes.
Expressões faciais deliberadas.
Frações de segundos inteiras, em câmera lenta.
Uma vontade de falar, de contar, de ouvir, de ficar em silêncio.
Pra dizer mais e mais que eu tenho motivos pra crer que não é um acaso.
Pode ser destino.
Ou como uma frase, e um livro: Maktub.
Um apego, um apelo silencioso.
E a certeza, de não saber.
E não deixar de querer por isso.
Rolem os dados.
E toca viver.