sábado, 27 de junho de 2009

Poetisa


Perdida no silencio da criação a poetisa trabalha, se reinventa, renova, retorna, remoça e mais.




Sem esquecer dos pontos, das virgulas, os parágrafos, os mistérios e de suas amadas reticências, aquelas que tanto lhe traduzem e representam.




No seu decalque mágico e traiçoeiro produz o alimento diário da própria alma.




Meio ninfa, meio oráculo, uma pitonisa, meio élfica, talvez fada, musicada, ou não.




Um sonho, uma inspiração.




Amor, ódio, conexão e entrelaçamento de muitos sentimentos.




Uma juventude, a beleza, aliada a sabedoria e a experiência de quem já viveu mil eras inteiras , todas num único suspirar.




Será que ela se permitirá amar?





sexta-feira, 26 de junho de 2009

Palavras

Se, quando, ainda, sim e presente, ausente e detestável, triste, inanimadamente, indispensável, amado, partido, sucumbe ao terror furioso e pedante de minhas frases vãs e nulas, sem rima sem métrica e em dissabor.


Doído, torturado, fingido, indissimulável, transparente, verdejante, esculpido e entalhado com perfeição em uníssono, devaneio.


Repartido, repatriado e ainda sim, desaconselhável.
Inovado, bem humorado, agridoce e até perfumado, há, como queria poder ser assim tão inexplicável e inexorável.


Se é por distância e por amor. É amor, deve ser por isso.