sábado, 12 de dezembro de 2009

Insana.

Persuasiva, gargalhando a louca grita:  irá se rebelar.

Sinto um intenso calafrio percorrer minha espinha, sei do que ela é capaz;
 melhor não permitir que ela se liberte.

Eu avisei meu rapaz: "Não brinque com fogo, caso não domine bem pirotecnia."

Em seu jogo, ela é a vencedora, ninguém mais.

Prazer? Ela é constituída quase que em totalidade por ele.

Maldade? Sem dúvida uma de suas melhores qualidades, maldade feminina como nunca vista antes.

Ela é toda perigo, e ronrona sexy feito gata, mas não é chegada a felinos.

Estranho? Certamente. Ela não faz sentido algum. Antítese sólida, despreocupada e descabida em sí.

Malicia que emana de seu olhar sedutor e penetrante.

Carinha de pecado, não só face, é verdade, outros atributos que não poderei enaltecer.

Lascivia? Vindo dela?Tcs. Ela se diz um anjinho, cabe a você descobrir.

Teria medo se eu fosse você, ela consegue sempre o que realmente quer, e cuidado(coitado!)
pois o conquistado, sem dúvida, será você.

sábado, 19 de setembro de 2009

Ela chora, será que choro também?


Jogada num canto escuro do quarto ela chora.
Chora porque fez as escolhas erradas;
Porque deixou pra trás as ideias que devia por em prática;
Porque escolheu os caminhos que seu coração apontava, e foi com sede realizar seu sonho;
Porque pensava que era sua, a decisão, sua felicidade, seus ideais, e que os outros deviam apoia-la;
Doce ilusão, ela esqueceu que a independência real inexiste ;
Não contaram para ela que ser feliz é uma utopia;
Que a vida cobra a conta por tanta ingenuidade;
Ela se sente só, porque acaba de aprender que no coletivo, sempre há o solitário.
Seus sonhos foram destruídos, e essa não é a primeira vez, e provavelmente não será a ultima;
Chora sozinha, com medo de confessar até paras paredes a sua dor;
Não quer importunar; Queixar-se?Pra que?Pra ser taxada de fraca, covarde, pessimista, lamuriosa?
Me pergunto se em frente a problemas difíceis de resolver não somos todos assim;
Olha para os cantos, e se percebe observada;
Olha pra mim com olhos tristes, pedintes, me rogam algo que ñ posso oferecer;
Seus olhos me rogam consolo;
Olho de volta pra ela, com olhos de súplicas, pedindo perdão;
Olho pra ela, e de novo, e de novo, não consigo não olhar;
Olho pra ela com pena?Com com carinho?Piedade?Não sei dizer;
Queria muito, na verdade, olhar pra ela e não me ver.

sábado, 27 de junho de 2009

Poetisa


Perdida no silencio da criação a poetisa trabalha, se reinventa, renova, retorna, remoça e mais.




Sem esquecer dos pontos, das virgulas, os parágrafos, os mistérios e de suas amadas reticências, aquelas que tanto lhe traduzem e representam.




No seu decalque mágico e traiçoeiro produz o alimento diário da própria alma.




Meio ninfa, meio oráculo, uma pitonisa, meio élfica, talvez fada, musicada, ou não.




Um sonho, uma inspiração.




Amor, ódio, conexão e entrelaçamento de muitos sentimentos.




Uma juventude, a beleza, aliada a sabedoria e a experiência de quem já viveu mil eras inteiras , todas num único suspirar.




Será que ela se permitirá amar?





sexta-feira, 26 de junho de 2009

Palavras

Se, quando, ainda, sim e presente, ausente e detestável, triste, inanimadamente, indispensável, amado, partido, sucumbe ao terror furioso e pedante de minhas frases vãs e nulas, sem rima sem métrica e em dissabor.


Doído, torturado, fingido, indissimulável, transparente, verdejante, esculpido e entalhado com perfeição em uníssono, devaneio.


Repartido, repatriado e ainda sim, desaconselhável.
Inovado, bem humorado, agridoce e até perfumado, há, como queria poder ser assim tão inexplicável e inexorável.


Se é por distância e por amor. É amor, deve ser por isso.

domingo, 10 de maio de 2009

Efémero...

Um passado, um presente, uma ogiva intermitente pronta para explodir.

Duas vidas reversas, duas retas transversas, prestes a colidir.

Um momento implacável, um instante interminável, segundos sem fim.

O toque das mãos, tornado, furacão e o desejo impetuoso de seguir.

Olhares roubados, palavras reprimidas analises imperceptíveis , o encontro dos braços lábios, o afago dos abraços sem a mínima vontade de partir.

Devaneio instantâneo, gosto efémero, dissabor momentâneo e no fim
desalento.





[05/05/09]

quinta-feira, 26 de março de 2009

Ver...

Vendo as luzes da cidade, ofuscada pela alternância de escuridão e claridade, fitando olhos e olhares pelo caminho, visualizando fisionomias comuns, esquecidas, perdidas entre os outros...
Vendo a beleza da noite nos sorrisos, nas caretas, flutuando na leveza do não estar.
De carro, de ónibus, a pé, reparo cada minuto, cada segundo, deste mórbido mundo o qual faço parte.
Eu realmente ando pelo mundo, prestando atenção nas tais cores...Por ruas e avenidas, vielas com saída ou não.
A estrada me chama e prefiro estar só, para enxergar a realidade escondida, atrás dos muros da cidade.

domingo, 22 de março de 2009

Ela...

Paralisada no tempo.
Inerte, descontente, inapta.
Quem entende?Ela deveria estar feliz.
Inconformada, um pouco incompreendida, e por sobre tudo, desprevenida para tal momento.
Doente, demente, estúpida, inconsequente...
Xiiiii, ta ficando doida... Fala sozinha, perde tempo com seus devaneios pobrezinha...
Será que existe cura?
Fantasiando dias e dias, que ironia, sabia da inexorável realidade...
Mandou tudos as favas, suas escolhas, seus ansêios ficaram para trás, junto com o pó dos seus sapatos.

E agora, ela diz que tudo que quer, é recomeçar...

Eu torço por ela. =D

sábado, 21 de março de 2009

Ahhhh... O carnaval...


Serpentina, confetti, papel picado a vontade...




Amores, beijos, músicas, sincretismo, libertinagem, exaustão, sorriso, folga, felicidade...E depois? Depois é só saudade, essa palavra perfeita e única, que define um sentimento tão único quanto.




Sou expectadora no camarote da vida, sentada nas arquibancadas da alegria, aspirando todo o cheiro que a folia exala, constantemente inebriada por perfeitos momentos...Uma colombina solteira, feliz por poder transfigurar seu pierrot em qualquer um..




Ahh o carnaval, pena durar só uma semana, queria um mês dessa delíciosa festa.


Pena ter que acordar, numa quarta que só poderia ser de cinzas...




22/02/09



Um dia qualquer...

Vento frio no rosto, tristeza no coração
Para inebriar a alma, para trazer calma
Afim de fazer chover...
Sozinha entre tantos, triste entre os felizes
Sou a contradição do meio, eu aqui e o oposto
Vendo a vida passar...
Infeliz entretanto resignada, permanecendo a caminhar
Mesmo sem saber o motivo de andar...
Pesar nos olhos e na alma, transparecendo a falta de calmade continuar a procissão
[...]Qual será a motivação de amanheçer?
O vento frio ainda trás aquilo que luto para esqueçer...