sábado, 30 de outubro de 2010

C'est la vie ...

Quando eu nasci, o tal anjo roto que vive por ai a predizer destinos, disse:


Vai ser mais uma a sofrer por e  nesse  mundo afora. 
Vais ser revoltada, maluca, apaixonada, fiel, uma sentimental incorrigível, e vai  ser desentendida.


Foi praga, ou até mais.


E lacrimejo, e me revolto, não coaduno, não me calo.


Faço barulho, não pra ser notada, mas por não me conter.


Sinto doer, todos os males da humanidade na minha alma.


Penso sempre mais no mau, suponho, pressinto, e acerto.


Odeio acertar.


Sou teimosa, desprovida de ego, ou amor próprio.


Infelizmente amo mais os outros, do que a mim.


Será que muda? Será que passa? Não passa.


Ao passo que nada passa, milésimo que nunca corre, e eu a divagar, devagar.


Batimentos acelerados, pela repetição dos erros.


Coração em desalinho, mesmo que nunca tenha sido alinhado antes.


Cabeça lateja, sal no rosto, e ainda sim nada adianta.






E não explico nada disso, nem sei se quero ou devo.





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