domingo, 20 de fevereiro de 2011

Um pedido silencioso.

Quando sua dor sobrepõe todo resto.Quando as tentativas de matar a saudade não são suficientes, por pouco tempo, ou só porque elas são feitas repletas de ineficácia.
Arraigado de lágrimas, fechando os olhos, eu peço.
Peço com o que resta de força a um coração dilacerado, que não aguenta mais.
As lamúrias estão maiores, mostram-se em demasia, ainda que silentes.
Todos os sentimentos se confundem, e sente-se definhar.
Me pergunte o que eu sinto e eu digo, me sinto fraquejar.
Aguento tudo menos a solidão, e nunca me senti tão só a dois.
Você não entende, não enxerga o quanto tem doido.
Em contrapartida, escondo as olheiras, as lágrimas, as desilusões, os pesadelos que tornam-se realidade.
Ouço os pedidos impossíveis sendo feitos, ai de mim, sou mortal de carne e osso como tu, não entendes?
Não sei não sofrer com a falta que me faz você.
Ainda que digas de novo e de novo, que não é seu querer, que não é o que querias, que logo passa. Veja, eu pago minha conta, e ela no momento é alta demais,  mas todos pagamos a nossa cota não é?
Espero ter forças pra pagar a cota que me é devida.
Mas essa noite, só essa noite me deixe fazer meu pedido silente, não me maltrate mais, já derramo todas as lágrimas que tenho, não posso lacrimar sangue, só por não haver um meio possível.
Só essa noite me oferte o colo ofertado, e negado, e a promessa não cumprida. Não desampare tanto, proteja-me das vozes do mundo, que dizem pra mim a todo segundo que você me deixou.
Na minha cabeça a razão diz, calma, tudo logo passa. Eu digo: Vá em frente, diga isso ao meu coração.
Não tenho mesmo a tal escolha. Pra mim, só resta deitar, chorar, e esperar passar.
Por deus que passe logo.

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